segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Lua de asas...

E a lua se fez mais lua. Se fez luz.
Lua eterna em meu coração, mas tão só.
Lua solitária que pensou poder voar.
Invejava cores e asas e quis se transformar.
Em borboleta, mas...
Como são frágeis as asas de borboleta!
Ficaram presas entre dedos cruéis,
com a força desvaneceramm, cederam.
O íntimo desejo e ardente emoção,                                        
sucumbiram ao desalento.

Voaria até ti, pousaria em seu coração,
mas as asas doem...presas por essa força
Meu coração não pode mais, bate pouco.
Porque certas coisas doem tanto?
Gira cosmos, universo que causa eclipses.
Eclipses demoram, luas choram, borboletas pouco duram...
Eterno é apenas o amor sentido,
mesmo que nunca compreendido.
Eterno dentro de mim, talvez dentro de ti.
Durará a vida inteira, longe, distante reluzente,
No beijo jamais provado,
Nas batidas do coração jamais ouvidas,
Nos desejos jamais saciados,
Nos olhares jamais encontrados.
E no amor que aqui se encontra, embora nunca consumado,
vedado pelo que impede o fim da distância,
Mas forte, indestrutivel e abundante
por esse desejo, essa ânsia,
que nunca perderá a constância,
nesse coração que segue batendo por lembranças,
coração de lua, lua nova, borboleta sem asas...



Nenhum comentário:

Postar um comentário